Transparência
Eu te encontrei no meu quarto, você estava desesperado, do outro lado da porta um corpo velho, mais um passo ao abrir a porta se transformara num menino, com você acompanhava dois cachorros de pelugem clara, um grilo sorridente, e seus sapatos na mão, enquanto nós converssamos o mundo a se dispir lá lado de fora, não se via automoveis em movimento, só se via e houvi pessoas perdento suas roupas, por um momento achei que fosse os perder, vocês converssam e riam comigo em volta da minha cama. Pessoas loucas corriam de um lado pro outro espihando a vida alhei nua, tinha um som, um batuque estranho, a árvore tocava um batuque estranho em seu troco, eu vi espelhos nessa ESTÓRIA, mas não vi reflexos, em sonhos não se vê reflexos, porque seus próprios olhos de regem desta imagem. Em qual loucura eu me encontrava já não havia sentido, talvez o desejo daquelas pessoas era então serem transparêntes diante de um mundo em movimento, eu me pergunto seria possível tamanha transparência no mundo em que nos encontramos. Aqueles meus amigos que me faziam companhia em volta da minha cama, não sabiam o quanto eu estava doente, até porque eles eram fruto da minha imaginção, eu estava passando por um momento de declínio, a dor ocupava minha cabeça tirando-me meus pensamentos bons, eu me encontrava num calor horrível, nem um pouco me lembrava prazer, já estava alucinada com tanto calor na minha cabeça, meus amigos desaparecem quando o vento por inocência abriu a porta do meu quarto, eu disse que o mundo lá fora não os suportaria, de repente vi todos desaparecendo aos meus olhos, todos um por um me deixando, desaparecendo, evaporando, mas o grilo foi esperto, entrou numa espécie de bolha de sabão, ou não tão esperto porque seu corpo ficou pra fora desaparecendo deixando só a cabeça existente numa bolha de sabão. Acho que ele não se importava, sorriu pra mim fazendo-me companhia naquele mundo a se dispir, o sol batia no meu quarto dizendo-me que as horas estavam passando, a loucura ainda estava presente, o calor na minha cabeça nada de ir embora, talves eu teria de levar esse calor por algum tempo, junto comigo também a cabeça de um grilo dentro de uma bolha de sabão. Na verdade eu tinha um copo de lúcidez, um rémedio, mas isso não me fazia falta, eu estava adorando vêr o mundo assim, de pernas pro ar.
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