Então eu escrevo cartas pra fingir que tenho um adimirador, daqueles secretos, minha vontade era tanta de ter um namorado que escrevia cartas pra mim mesma de garotos que eu conhecia aleatoriamente sem siquer trocar intimidades, era conhecer um garoto e acha-lo interessante, pronto já estava eu apaixonada, siquer sabia do que isso se tratava, me trancava no quarto escolhia alguém pra sonhar colocava umas músicas rômanticas pra ouvir e ia logo escrevendo o que gostaria que ele me escrevesse. Gostava de um tal de André, um dia ele acertou a janela do meu quarto com uma pedra amarrada numa linha com um papel todo embolado, essa pedra atravessou meu quarto quebrou a vidraça caindo dentro do par de botas fedorento que havia pegado imprestado com minha irmã mais velha, fez um barulhão, tapei o nariz enfiei minha mão dentro da bota e peguei a carta, como ela fedia, mas ainda ezalava seu cheiro de flores do campo, na carta dizia o seguinte:
Óla querida Lelia!
Venho com estes simples versos,
meu bem meu bem querer
quero você no meu coração
minha criança minha jóia minha vida meu amor.
Ta bom, eu quase desabei quando li isso, o André è um amor de pessoa, aquela foi a primeira carta de muitas, me escrevia todos os sábados lindas cartas de amor, até que um dia meu irmão mais velho descobriu dentro da minha mochila cor de mel repleta de feixes minhas cartas de amor, ele me encheu a cabeça a semana inteira, me perguntadando quem era o tal de André??
Eu dizia pra ele que era um amigo de escola mas ele não acreditava, eu tava desabando, como iria contar a verdade, que aquelas eram cartas falsas que eu mesma escrevia pra mim, tentei concertar mais só piorava a situação, até que enfim ele desencanou de mim. Depois desse desfeiche tive que criar outro personagem. Essa história de carta de amor não está dando certo, caio nesse estante em declinio pelo amor, não quero mais saber de amor. Passara um tempo eu me apaixonara por um garoto, ele era mais velho, o nome dele era Jhon, um amigo da faculdade do meu irmão mais velho, nos fins de semana ele mais o meu irmão estudam projetos para fotografia, uma vez Jhon chegou mais cedo lá em casa, meu irmão estava no banho, ele tocou a campanhia eu fui logo abrir a porta, ele me disse:
__Oi. Eu disse: __Oi. Um oi tão sem graça, minhas pernas tremiam, eu quase morre de vergonha, minhas bochechas estavam coradas. Pronto já estava eu toda boba e apaixonada por um estranho. Jhon ficou parado na porta me olhando por uns estantes, eu também o olhava sem piscar, ele sorriu pra mim e me perguntou se poderia entrar. Comecei a gaguejar, que sem graça eu disse: __Ho... Hora claro! Pronto ele entrou sentou-se no sofá, eu lhe oferece uma chicará de café, ele aceitou, pedi a ele que esperasse pelo meu irmão enquanto ele tomava banho. Sentei no sofá de frente a ele, peguei meu caderninho de anotações e meu lápis para fingir que estava descontraida com aquilo, mas eu não estava ficava pensando em seu rosto, como ele era lindo, poderia compara-ló a Dorian Gray, sua pele, seus cabelos e seus olhos como eram lindos. Que situação engraçada nos olhavamos sem trocar palavras, então ele começou a puxar papo comigo, converssavamos sobre fotografia, disse a ele que me interessava por isso, coisa de família, ele e meu irmão fazendo faculdade de fotografia. Ele me olhou bem nos olhos e disse que eu tinha alma de "cigana viajante", que daria uma ótima fotógrafa só me bastava estimulos e claro uma boa camêra. Jhon me convidou para fotografar no Bosque Berkana, um velho bosque repleto pela falna, que ficava há uns 200 Km da minha casa. Pronto como vou dizer sim, não podemos ir sozinhos, o que meu irmão vai pensar de mim, não sei o que dizer, (silêncio). Meu irmão acaba de sair do banho e caminha até a nós, nos pergunta se estamos bem, digo que sim, Jhon comenta com ele que acabará de me convidar para acompanha-ló ao bosque para fotografar a falna. Pronto achei que meu irmão fosse surtar e dizer não e enventar mentirinhas a parte e dizer que sou nova demais. (Silêncio), que agunia. Por fim meu irmão diz que tudo bem, que ele não poderá ir porque tem um encontro com Alice, sua namoradinha da faculdade. Contentes. Disse a ele que iria me aprontar, peguei minha mochila algumas coisas importantes e disse estou pronta, meu irmão nos acompanhou até o carro, fui ao lado dele, no caminho ouviamos Kings Of Leon, o silêncio reinava dentro daquele carro mais eu não me importava estava encantada com a paisagem, as músicas, e com ele, aquele rosto lindo e apaixonante do meu lado. Chegando lá, saimos do carro pegamos tudo que precisamos, quase nunca trocavamos palavras, ele parecia timido e ao mesmo tempo malicioso enfim, interessante. Quando pegamos a trilha ele começou com um papo de que estava feliz em me ter como companhia, eu sorri, no caminho ele foi falando, eram muitos assuntos, por fim o pricipal era eu, chegando lá em cima no topo avistamos uma árvore enorme, decidimos que iriamos tirar fotos ali, enquanto ele pegava a camêra para fotografar eu tentei ajudar com os equipamentos, enquanto ajustavamos a camêra ele me guiava ensinando-me como fotografar, disse que era preciso ter foco. Nossos rostos estavam tão prossimos, quando num meche pra lá e pra cá nossos lábios se encostaram, meus olhos quase pularam, enquanto os dele fechavam suavimente, decide que também fecharia os olhos, nossas línguas se tocaram, nos beijamos encançavelmente. Era hora de ir embora, dentro do carro silêncio total, ele parecia satisfeito, já eu não, o que faltava ali eram palavras, comecei a puxar assunto com ele, falando de qualquer coisa, da natureza, das fotos, do beijo, ele escutava. Quando eu o perguntei o que você achou dessa tarde, ele sem graça disse que não havia escutado o que eu tinha dito, mas que havia gostado. Pronto que sem graça, palavras perdidas. Mas eu não me importo, agora eu tenho um personagem de verdade para minhas cartas rômanticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário