sexta-feira, 3 de outubro de 2014


                                 Ética amorosa 


Ética, tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem sobre as suas ações, colocando assim a razão acima das paixões, procurando a felicidade individual e coletiva, porque o ser humano vive em sociedade e as suas atitudes devem ter em vista o bem comum. Nas obras aristotélicas, a ética é vista como parte da política que precede a própria política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata o homem na sua vertente social.

Cain lembra que quando estão rodeadas de gente, as pessoas se limitam a seguir as crenças dos outros, para não romper a dinâmica do grupo. A solidão, por sua vez, significa se abrir ao pensamento próprio e original. Reclama que as sociedades ocidentais privilegiam a pessoa ativa à contemplativa. E pede: “Parem a loucura do trabalho constante em equipe. Vão ao deserto para ter suas próprias revelações”.


Byung-Chul Han preza as palavras de Catão: “Esquecemos que ninguém está mais ativo do que quando não faz nada, nunca está menos sozinho do que quando está consigo mesmo”.


“Para mim a solidão representa a oportunidade de revisar nosso gerenciamento, de projetar o futuro e avaliar a qualidade dos vínculos que construímos. É um espaço para executar uma auditoria existencial e perguntar o que é essencial para nós, além das exigências do ambiente social”, diz o filósofo Francesc Torralba.

Na solidão deixamos esse espaço em branco para ouvir sem interferências o que sentimos e precisamos. “A solidão nos dá medo porque com ela caem todas as máscaras. Vivemos sempre mantendo as aparências, em busca de reconhecimento, mas raramente tiramos tempo para olhar para dentro”, diz Torralba.


Toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e a ética tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está acima e justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-la. Essa finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres, riquezas, honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra entre os extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência.


Atento também que para a construção de amores livres ser possível é de suma importância dialogar com o outro sobre os afetos. Tenho para mim que o diálogo sincero é a chave para a construção de toda relação. Não que se tenha que contar tudo ao outro, cada relação deve ter o seu “acordo” estabelecido, que não é rígido e firme. Os acordos devem ser feitos e refeitos a partir dos sentimentos e desejos que surgem entre os pares, pois estamos suscetíveis a todo momento a nos depararmos com uma nova situação e um novo sentimento. E assim, as relações vão tecendo combinados diferentes. O amor livre jamais pode ser “Sou livre e faço o que quero”; esse discurso mais se assemelha a uma perspectiva individualista neoliberal, na qual os anseios do individuo são postos em prática a todo custo, o que causa, possivelmente, dor, angústia e insegurança no outro.


Penso, sobretudo, que é possível tecer redes de amor livre e fortalecê-las sempre se fundamentando em uma cumplicidade ética com outro. Amor não se divide, se soma, se multiplica. E quando nos relacionamos, nos comprometemos com o outro – o que, contrariando o amor neoliberal, comprometimento não é ruim, é cuidado, é laço criado, é se tornar responsável pelas suas ações.



Há algo que só pessoas que conservam seus maiores prazeres entendem, que de qualquer forma o amor livre o constrói, o transforma, o faz o diferencial, assim como o amor e respeito  a dois o torna matéria.

Não existe de forma algum uma forma para explicar como funciona o sexo, dizer que mulher gosta disso e daquilo outro e dizer o mesmo para os homens. Existem fases, e isso é fato, níveis de energias, onde você acorda com vontade de certa coisa, no outro dia sem vontade alguma. Todo ser humano é diferente assim como as sensações são diferentes, é viver para crer. 

É preciso despertar para experimentar, o desconhecido é interessante, cada toque mostra algo novo do qual nem sabemos que temos dentro de nós, emoções que são vividas ao longos de nossas vidas, as quais passamos por varias socializações.


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