sábado, 25 de maio de 2013

                                            Nos lençóis do mar








Entrego-me a ti, onda
Encante-me
Acaricie-me
Pegue-me de jeito
Acalente-me até penetrar dentro de mim
Engula-me e me cuspa em seguida
Bata em mim, me chacoalhe
Jogue-me e me junte a você outra vez
Deixe a maresia me inundar 
Quanto mais molhada eu ficar
Mais envolvido em seus lençóis eu ficarei 
Bata e rebata até ejacular 
Traga-me de volta à areia
Para que possamos dormir de conchinha
No demasiar dessa noite de verão que cai adentro.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

                              Comendo da própria boca






     Entrei num debate pela manhã, sobre o comprometimento e responsabilidade em ajudar ao próximo, conversei com uns amigos no refeitório da escola enquanto lanchavamos, contei a eles sobre algumas observações que eu fizera enquanto eles e nossos colegas lanchavam, percebe o quanto se apreçavam para lanchar e devolver o prato e o talher de cada dia.
      E certo que todo local tem suas desavenças e diferenças, mas quis centrar na ideia de que, de algum modo eles seriam capazes de se comprometerem a ajudar ao próximo, mas sempre um comentava, mas aquele fulano não merece, aquele beltrano também não, sicrano nem se fala. O assunto daquela manhã era individualidade.
      Você esta sentado num recinto publico, certamente com pessoas de media classe social, na hora da refeição milhares de pratos e talheres são compartilhados todos os dias, você apenas come, devolve o prato e o talher, mas nunca percebera que compartilhara prato e talher todas as manhas com pessoas que você nem conhece ou pouco se importa.
       Já parou pra pensar em quantas pessoas já colocaram a boca no talher que você segura?
       Não tenha nojo, mas pense, se você não é capaz de compartilhar um talher sem ter nojo do próximo, sem se importar com as indiferenças, tão pouco será capaz de amar o mundo com seus cidadãos e classes sociais.
       Comentei com eles, que se a vida cobrasse de nós a ajudar o próximo algum dia, na verdade ela sempre cobra, só não percebemos, nós não deveríamos nos importar com credo ou classe social, etnia ou cor, estada ou recinto, ou quaisquer diferença que tal individuo tivesse.
       Assim ambos que estavam presentes comigo, terminaram sua refeição com a rapidez de toda manhã e devolveram prato e talher, caminharam calados, e foram embora daquele lugar reflexivos sobre o que havia falado sobre o talher e prato de todo dia.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

                                Vou gritar sim, senhora!


          Vivo numa loucura real, tenho minhas crises e anormalidades de cada dia, tenho meus momentos de esquizôfrenia, em constante movimento e conhecimento percorro o meu mundo interno, interpessoal, um mundo constituido por ideais próprios, sem comparativos aos outros líderes da sociedade, aqueles sujeitos artificiais.
           Assim, de modo egoísta eu percorro o meu mundo, com conhecimento dos meus passos, escolhendo viver para conhecer, experimentar, enxarcando-me de conheceres, numa liberdade interna, e vou lhe dizer uma coisa, antes que venha me julgar, isso não me torna uma pessoa menor, pior ou menos amável.
           O que me difere das outras pessoas, é que eu internalizo meus objetivos de modo que me agrade tanto internamente como extamente, sem me submeter ao comparativo a todo tempo.