Acordei ao som da minha mãe com passos e palavras gritantes, ao me levantar foi como se meus sonhos desabassem ao tocar o chão com meus pés quentes, por me assustar com o tempo e o sol que refletia meu quarto corri como um gigante com passos fortes a procura de me arrumar, esperimenta roupa tira roupa joga prum lado joga pro outro, calça sapato, penteia o cabelo, toma café faz creck creck com torradinhas shuuup com café, escova dente barulho de água, fecha torneira bica d'água cai sobre a pia desliza goela abaixo, bate borta abre porta, meu amigo grita no partão pego a mochila arrasto com barulhos de feche raspando mesa de livros, tropeço levo pedra com sapatos de segunda, dou uma leve corrida e logo começo a caminhar em direção á escola, pássaros cantam, carros rungem, eu vejo caminhadas e corridas, ônibus indo ônibus voltando, crianças gritam, risos se ouvem, o sino da escola bate, entro peço liçença de cabeça baixa arrasto carteira me sento escuto aula, me movimento um pouco, bocejo, dibruço sob a mesa, tick-tack horas que não passam, no final de tudo quando chego em casa música por todos os cantos, caminho pra lá e pra cá não resisto danço e remecho com leveza descontraida agitada, puuf ...Acabo de cair no chão, me canço deito na rede ao balançar in êck in êck, sons me rodeiam o rádio é desligado agora só ouço a naturza ao chaqualhos das árvores.
